Os sujeitos da presente narrativa – mulheres que cercam o núcleo familiar de um artista de funk carioca – são apreendidos a partir de sua habilidade na manipulação de significados e representações sociais. Por meio de uma etnografia em torno do montar e do desmontar da beleza em um universo recortado por um movimento musical urbano e mais próximo às camadas populares cariocas, veremos a aparência emergir como um elemento potencialmente facilitador da circulação pela cidade. A partir do gosto partilhado por sujeitos possuidores de rendas sensivelmente diferenciadas vemos a composição de uma estética corporal com vias a potencializar a mobilidade pelo espaço urbano e a desestabilizar a associação histórica que vincula, no Brasil, pobreza e cor de pele.
Estética; Consumo; Gosto; Materialidade; Funk carioca