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REVOLUÇÃO, VOLTAS E REVESES: TEMPORALIDADE E PODER EM CUBA* * Este artigo é um dos resultados do pós-doutorado realizado no Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, financiado por uma bolsa da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), processo 2013/23833-8. Agradeço à Fapesp o generoso apoio para a realização deste artigo.

REVOLUTION, RETURNS, AND SETBACKS: TEMPORALITY AND POWER IN CUBA

RÉVOLUTION, TOURNANTS ET REVERS : TEMPORALITÉ ET POUVOIR À CUBA

Este artigo discute a polissemia e o valor político do termo “revolução” como categoria da prática em Cuba e analisa a temporalidade e a historicidade que esse termo – ubíquo e fetichizado nesse país – pressupõe e ajuda a produzir. Sustentando que a temporalidade da “revolução” em Cuba é marcada mais pela repetição que por uma teleologia, o artigo desenvolve dois argumentos inter-relacionados. Primeiro, o uso dessa palavra-chave tem contribuído para a conformidade política e para a manutenção do socialismo em Cuba; segundo, a historicidade subjacente ao uso generalizado do termo “revolução” em Cuba estabelece uma relação íntima entre passado e presente e produz uma temporalidade altamente heterogênea e repleta de conteúdo simbólico. Esta noção de temporalidade põe em questão a ideia predominante nos estudos contemporâneos do nacionalismo, nos quais este conceito está ligado a um tempo homogêneo e vazio.

Nacionalismo; Revolução; Temporalidade; Cuba; Walter Benjamin


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