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CONEXÕES E RUPTURAS URBANAS: PROJETOS, POPULAÇÕES E TERRITÓRIOS EM DISPUTA* * Este artigo foi desenvolvido no âmbito do Núcleo de Pesquisa Distúrbio – Dispositivos, tramas urbanas, ordens e resistências – sob a coordenação de Patricia Birman e Carly Machado, que em 2015 publicou o livro, organizado por Birman, Leite, Machado e Carneiro, Dispositivos urbanos e trama dos viventes: ordens e resistências.

CONNECTIONS AND RUPTURES URBANS: PROJECTS, POPULATIONS, AND DISPUTED TERRITORIES

CONNEXIONS ET RUPTURES URBAINES: PROJETS, POPULATIONS ET TERRITOIRES EN LITIGE

O presente artigo tem por objetivo discutir a política de pacificação, em franca atividade no Estado do Rio de Janeiro desde 2008, não como estratégia policial de segurança pública, mas a partir de seus efeitos no tecido associativo carioca. Uma característica marcante desta política foi a intensificação dos investimentos públicos para a composição de parcerias com atores da sociedade civil. Neste contexto, proponho uma análise das relações entre duas figuras de destaque no Rio de Janeiro nos anos de 1990 e início da década seguinte: José Júnior, líder do grupo cultural AfroReggae, e o pastor Marcos Pereira, da Assembléia de Deus dos Últimos Dias (Adud). A partir deste caso, procurei demonstrar que o emaranhado social urbano cria associações e dissociações situacionais e circunstanciais. Discuto ainda o “trabalho do tempo”, tal como abordado por Veena Das, na criação de uma coreografia dos atores nas tramas urbanas das periferias cariocas e o modo como se evidenciam estilos de articulação variáveis no tempo, na composição dos atores em conexão, na produção de conflitos e em sua inscrição territorial.

Pacificação; Tramas urbanas; Religião; Estado; Sociedade civil


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