Por muito tempo, a sociologia pragmática considerou que não tinha nada a dizer sobre os jogos de poder. Uma de suas regras de método exigia aproximar-se dos próprios atores quando eles se punham a desvelar, ao longo de polêmicas e processos, formas de poder ou de dominação. Apoiando-se em muitos dossiês, o artigo mostra como redirecionar a pesquisa pragmática para apreender de outro modo a crítica das relações de poder, cujo grau de visibilidade pública depende da trajetória seguida pelos atores tomados pela lógica da crise ou do conflito. Os elementos de uma captura bem-sucedida e aqueles em que se apoia todo o trabalho de escape da captura são, pouco a pouco, expostos: imperativo de justificação, conservação de uma necessidade de reconhecimento do caso, controle dos instrumentos de avaliação, produção de uma troca desigual invisível.
Pragmatismo; Poder; Captura; Crítica; Rede; Desvelamento