A partir da observação etnográfica da 18ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (4/5/2014) e do ato pelo Dia da Visibilidade Trans do Rio de Janeiro (29/1/2015), busco tecer relações entre os usos da internet, as produções de alianças políticas, a luta por visibilidade social e as dramaturgias políticas acionadas por ativistas trans. A opção por estas duas manifestações se baseia nas caracterizações antagônicas no que tange ao seu “sucesso político” do ponto de vista nativo (sendo a primeira considerada uma derrota frente ao sucesso da segunda), ao mesmo tempo em que acionam dramaturgias e repertórios semelhantes, a saber: 1) usos das redes sociais da internet; 2) estabelecimento de alianças com diferentes agrupamentos políticos; 3) uso do “corpo-bandeira”. Por fim, busco elementos nos possíveis legados das chamadas “Jornadas de Junho” de 2013 no Brasil, tanto nas disputas representadas quanto nas diferentes avaliações com relação aos (in)sucessos das manifestações.
Travesti; Transexual; Movimentos sociais; Manifestações de rua; Internet