Desde o encontro entre os comerciantes africanos e europeus na Costa da Guiné no início da modernidade, o termo “fetiche” faz analogia entre supostos distúrbios do pensamento europeu e deuses africanos. Estes deuses, porém, têm uma lógica própria que dispõe de tanta razão – dada a posição de seus seguidores na economia do Atlântico – quanto as teorias de Marx e Freud, diferentes em certos aspectos mas igualmente influenciados pelo posicionamento dos seus expoentes. Esta palestra oferece uma nova perspectiva das raízes sociais destas compreensões africanas e europeias – que são simultâneas – sobre o conceito de ação coletiva, elucidando a relação da teoria social europeia com o racismo sofrido tanto por africanos quanto por judeus assimilados.
Candomblé; Iorubá; Marx/marxismo; Freud/psicanálise; Fetiche