O artigo examina o “esquema Pedro Américo”, que esteve na origem de um novo padrão de consagração no ambiente artístico do Rio de Janeiro, implicando constantes idas e vindas do Brasil à Europa, possibilitadas, sobretudo, por encomendas de grandes obras com motivos patrióticos. Esse esquema foi reproduzido com regularidade entre as décadas de 1870 e 1910 e formou uma elite artística reconhecida por viver de arte entre o Brasil e a Europa. São analisadas no artigoos modos pelos quais as elites políticas foram enredadas e contribuíram para a internacionalização da arte brasileira, mediante o curioso desvio do Brasil pintado na Europa , do qual derivou uma condição instável: nem bem uma arte orientada pelo compromisso com o país, nem bem uma arte internacional do tipo “arte pela arte” dos pompiers , e tampouco a pintura da vida moderna.
Viagens de artistas; Brasil e Europa; Arte brasileira; Mal de Nabuco; Elite artística