Este trabalho surgiu da observação de que a espécie vendida livremente nas feiras e bancas populares do município do Rio de Janeiro (RJ) difere botanicamente de Maytenus ilicifolia Mart. Ex. Reiss (Celastraceae), comercializada industrialmente (e com uso reconhecido e registrado no Ministério da Saúde) como Espinheira Santa. Por comparação botânica foi constatado que nenhuma das espécies recolhidas correspondia a M. ilicifolia Mart. Ex. Reiss e sim, provavelmente a Sorocea bomplandii Bailon (Moraceae), uma das espécies mais utilizadas na adulteração da Espinheira Santa. Uma vez que não existem estudos suficientes que justifiquem o uso ou comprovem a segurança de S. Bomplandii Bailon, este passa a configurar um problema de saúde pública.
plantas medicinais; Espinheira Santa; erveiros; etnofarmacologia; Sorocea Bomplandii Bailon