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Composição química do óleo volátil de Myrcianthes nativas da região sul do Brasil

Chemical composition of the volatile oils of native Myrcianthes species from South Brazil

O óleo essencial das folhas de Myrcianthes gigantea (Myrtaceae), coletadas no Rio Grande do Sul, foi obtido por hidrodestilação em Clevenger e analisado por CG/detector de ionização de chamas e CG/EM. Trinta e seis compostos foram identificados, totalizando 90,1% do conteúdo do óleo. A composição do óleo demonstrou predominância de sesquiterpenos cíclicos, principalmente da via de ciclização do germacrano, apresentando espatulenol (28,8%) e seu isômero, iso-espatulenol (9,5%), como principais constituintes. A composição do óleo das folhas de M. cisplatensis e M. pungens, coletadas na mesma região, também foi analisada e comparada com estudos prévios reportados para estas espécies coletadas em outros países da América da Sul. O óleo essencial de M. cisplatensis apresentou um alto conteúdo de monoterpenos (56,3%), especialmente das séries pinano e p-mentano, com três compostos majoritários: 1,8-cineol (29,8%), limoneno (10,9%) e a-pineno (8,9%), sendo similar ao reportado. Para o óleo de M. pungens 36 compostos foram identificados, porém sem predomínio majoritário, onde b-cariofileno (10,1%), foi o principal deles. O óleo desta espécie difere do relatado para exemplares coletados na Argentina, rico em monoterpenos, sugerindo uma possível ocorrência de quimiotipos.

Myrcianthes gigantea; Myrcianthes pungens; Myrcianthes cisplatensis; Myrtaceae; óleos essenciais; espatulenol; 1,8-cineol; limoneno


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