O presente estudo objetivou identificar as plantas medicinais cultivadas em uma horta medicinal, situada no município de Casimiro de Abreu, Rio de Janeiro, Brasil, e diagnosticar o acesso à sua utilização e importância para a população local, baseando-se em entrevistas com o administrador da horta, e quarenta usuários da comunidade. O índice de importância relativa (IR) foi calculado para 96 espécies medicinais e, neste, observou-se que 27 espécies tiveram um RI>1,00, com Aloe vera (L.) Burm. f. e Leonurus sibiricus L. (erva-macaé), atingindo o valor máximo (2,00). As entrevistas revelaram que a maioria dos usuários, residentes nas áreas rurais do município em que a horta está localizada, visitam-na com uma frequência semanal, depositando confiança no reconhecimento da planta e recomendações de uso do administrador, e sabem, em sua maioria, como preparar os remédios utilizados. As espécies que tratam afecções relacionadas ao sistema respiratório são as mais procuradas. O uso livre da horta pela comunidade local, associado com o pequeno investimento inicial, demonstra a viabilidade da iniciativa pública e do valor do conhecimento tradicional, mas também chama a atenção das autoridades para o uso humano de forma segura.
Horta de plantas medicinais; plantas medicinais; conhecimento local; comunidades rurais; etnobotânica
