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Do espaço do sujeito ao espaço mundial: uma nova maneira de aprender a realidade

O trabalho procura dialogar com a obra de Boaventura de Souza Santos, mais exatamente sua contribuição contida em "A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência". O que se propõe, principalmente com base em Norbert Elias, é a inclusão no Mapa da Estrutura-Ação das sociedades capitalistas no espaço mundial de outros dois espaços estruturais nele não contemplados: o espaço do sujeito e o espaço grupal. Argumentaremos que o indivíduo, tal como o conhecemos hoje, constitui-se numa instituição que nasceu com a modernidade. Esse, em função da possibilidade de diálogo que mantém consigo mesmo, enquanto sujeito, pode também ser percebido como um espaço estrutural, passivo da ação de forças de regulação e de emancipação social, discutidas por Boaventura. O grupo social, por sua vez, possui uma dinâmica própria, que não pode ser totalmente apreendida nem pelo espaço doméstico, nem pelo espaço da comunidade. Nesse sentido, a partir do que o autor chama de transição paradigmática, o trabalho analisa e expõe os traços principais de sua contribuição, para depois realizar uma breve incursão na Sociologia de Norbert Elias e propor a inclusão dos espaços do sujeito e do grupo como instâncias relevantes para a apreensão da realidade em movimento. Na conclusão, retomar-se-á discussão inicial, procurando pôr em evidência não apenas o papel desses dois espaços estruturais propostos, bem como de todo o Mapa para a compreensão dos processos em curso e da construção de estratégias de transformação social.

transição paradigmática; mapa da estrutura-ação; sociologia; Norbert Elias; espaço do sujeito; espaço grupal


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