O trabalho analisa a disputa político-ideológica entre o modelo de reforma agrária de mercado (MRAM) do Banco Mundial (BM) e a reforma agrária redistributiva. Argumenta-se que o cerne dessa disputa reside no fato de que esse modelo foi criado para substituir o papel desapropriatório e redistributivo do Estado. Mostra-se que, em todos os países onde foi implementado (África do Sul, Colômbia, Guatemala e Brasil), as supostas vantagens atribuídas ao MRAM sobre a reforma agrária não se materializaram.
Estado; Banco Mundial; reforma agrária; reforma agrária de mercado