Esse trabalho objetiva discutir os resultados de uma pesquisa que investigou as concepções e práticas de ativismo anti-AIDS entre os usuários vinculados a uma ONG/AIDS, na cidade de Campina Grande/PB. Realizamos entrevistas com 31 usuários, 20 homens e 11 mulheres. Dois aspectos relacionados às concepções e prática do ativismo entre os usuários sobressaem-se: o enfraquecimento/desmotivação para realização de um ativismo coletivo e a adesão ao tratamento como ferramenta de motivação para a luta anti-AIDS. Observa-se que a ONG pesquisada está atravessada no seu cotidiano pelos problemas da falta de adesão e desmobilização, na medida em que se afastou de uma agenda de mobilização para aproximar-se de setores governamentais que repassam financiamentos, através da execução de projetos. Como conseqüência direta, a ONG não vem conseguindo mobilizar portadores para as atividades de rua.
Ativismo; AIDS; terceiro setor; Psicologia