Este artigo tem como objetivo discutir a mídia como ferramenta de pesquisa a partir de sua produção de saberes no cotidiano e, portanto, relações de poder. Poder aqui entendido como uma rede produtiva que atravessa todo o corpo social e que produz coisas, prazeres, formas de saber e discursos. Focalizamos o programa Fantástico, especificamente, o quadro sobre saúde apresentado pelo Dr. Drauzio Varella, que indica estatísticas sobre a população brasileira e dialoga com mulheres sobre programa de planejamento familiar. Com isso, pretendemos tornar a mídia um campo social demarcando-a como uma evidência, para em seguida, a partir das ferramentas teóricas foucaultianas problematizá-la. Assim, a mídia deixa de ser pensada como uma evidência que naturaliza os objetos dos quais fala e nos permite discuti-la, ou seja, pensá-la como algo que produz aquilo do qual fala.
Mídia; pesquisa; produção de saberes; modos de subjetivação