O presente artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla que visa explorar as conseqüências intrínsecas à hipótese do inconsciente estruturado como linguagem se levada à sua radicalidade. Para tanto, focamos a problemática que envolve os conceitos referentes à energética freudiana, especialmente o de afeto, e os eventuais riscos de apropriações por projetos de agregação da psicanálise às neurociências. Ou seja, ao invés de adentrarmos nos meandros do regime quantitativo presente desde a obra freudiana e decorrentes aproximações com temas neurocientíficos, buscamos percorrer a outra possibilidade de abordagem dos fenômenos clínicos e psicopatológicos igualmente latentes no método psicanalítico, a saber, a exploração da linguagem e do sentido.
Psicanálise; Linguagem; Afeto