Atualmente os sujeitos encontram-se diante de duas prerrogativas: a do tempo a serviço do trabalho e a do consumo como produtor de estilos de vida. Tais mandatos, aliados à escassez de empregos, fazem com que o indivíduo sem trabalho e sem emprego encontre-se em um terreno dramático permeado pelo agonismo. Ao se tomar esse contexto como pano de fundo, este texto irá apresentar as práticas cotidianas de duas famílias de camadas médias, nas quais o homem encontra-se sem trabalho remunerado, cabendo às mulheres realizarem tal atividade. A partir da análise dessas práticas, é possível verificar que ante as mesmas normas, num jogo de agonismo entre essas e as contingências impossibilitadoras de reiterá-las, múltiplas subjetividades e masculinidades afloram.
trabalho; masculinidades; famílias