Este trabalho discute a conjuntura de políticas científicas para a pós-graduação no contexto brasileiro, tendo em vista os modos de subjetivação que engendram para os pesquisadores/docentes nas universidades. Privatização, especialização e individualização parecem constituir três dimensões prevalentes dessas políticas, estabelecendo identificações e ações coletivas propensas a uma aceitação ao que está posto e a uma atitude de "reconciliação" com o sistema de desenvolvimento científico do país. A análise evoca a figura do intelectual, tal como visto por Russell Jacoby e Edward Said, como o contraponto necessário ao trabalho acadêmico atualmente engolfado pelas políticas de boa gestão. Dois aspectos são trazidos para a análise, ao final, como ilustração do argumento: a relação da pós-graduação com a graduação e a internacionalização da pós-graduação.
políticas de pós-graduação; individualização; privatização; especialização