A organização e o funcionamento de uma casa de abrigo de uma instituição humanista não feminista (chamada de "Solidariedade Social") constituiu o foco central desta pesquisa. Para isto, realizaram-se entrevistas semi-estruturadas às profissionais: à diretora da instituição, à diretora técnica e ao psicólogo. A análise apresenta uma visão de uma casa de abrigo normativa sobre o que deve ser uma mulher, incluindo as suas rotinas diárias, associada a uma organização rígida no que diz respeito a regras e horários. Mais ainda, perspectivando a mulher apenas como mãe e doméstica, esta perspectiva apresenta uma elevada tolerância à violência de gênero. A este respeito, este tipo de instituições corre sério risco de cair na perspectiva de "revitimizar" a vítima.
violência de gênero; casa de abrigo; visão de profissionais; perspectiva feminista