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DESVINCULAR-SE DO MANICÔMIO, APROPRIAR-SE DA VIDA: PERSISTENTES DESAFIOS DA DESINSTITUCIONALIZAÇÃO

DESVINCULARSE DEL MANICOMIO, APROPIARSE DE LA VIDA: DESAFÍOS PERSISTENTES DE DESINSTITUCIONALIZACIÓN

TO UNLINK FROM THE ASYLUM, TO TAKE OWNERSHIP OF LIFE: PERSISTENT CHALLENGES OF THE DEINSTITUTIONALIZATION

Resumo

Privilegiando reflexões de usuários de saúde mental, discute-se desafios relacionados à desinstitucionalização e reconstrução da vida daqueles que passaram décadas no manicômio e hoje se encontram na cidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada através de entrevistas em profundidade com sujeitos que possuem diagnóstico de transtorno mental grave e persistente. A interpretação do material empírico, desenvolvida através da análise temática, aponta vários recursos disponibilizados para o processo de reabilitação psicossocial. Mas, importantes limitações se destacam, como insuficiência de espaços para que os sujeitos elaborem sua desvinculação do hospital e se apropriem dos recursos que lhe foram disponibilizados, rede social restrita e alienação diante do tratamento. Assinala-se que a sociedade contemporânea, marcada pelo esvaecimento dos laços comunitários, impõe árduo trabalho de sustentação psicossocial para que sujeitos, transportados do manicômio para novos ambientes, possam reconhecer nestes um lugar de pertencimento.

Palavras-chave:
transtornos mentais; saúde mental; desinstitucionalização psiquiátrica; reforma psiquiátrica; reabilitação psicossocial

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