Resumo
Este artigo apresenta as sínteses de uma pesquisa, objetivando desvelar as possibilidades de superação do estigma do abandono de egressos do sistema de acolhimento institucional de crianças e adolescentes, por meio do entendimento das políticas de identidade e identidades políticas. Foi utilizado o referencial teórico proposto pela teoria de identidade, com a finalidade de abarcar a complexidade da medida de proteção previsto pelo ECA. Como método foi eleita a entrevista de história de vida, realizada no estudo de caso de uma jovem de 22 anos, negra, cuja classe social de origem é a baixa, e que morou dos 10 aos 17 anos em uma instituição não governamental de acolhimento com quartos coletivos. Aproximando o relato da teoria, são elucidadas algumas reflexões acerca do potencial da criança ou adolescente se representar como sujeito de direitos pelo viés da autonomia promovida pelas pessoas da comunidade.
Palavras-chave:
acolhimento institucional; Psicologia Social; identidade