Os autores fazem uma revisão da técnica cirúrgica empregada para o tratamento de aneurismas da aorta ascendente associados a lesões da valva aórtica. Apresentam resultados obtidos com 11 (onze) paciente operados pela técnica de BENTALL e DE BONO, com enxerto tubular valvulado aberto de pericárdio bovino IMC, sem mortalidade devida à técnica ou ao enxerto utilizado. Desses pacientes, 8 eram do sexo masculino, com idade variando entre 31 e 65 anos, média de 50 anos; 3 eram do sexo feminino, com idade entre 20 e 53 anos, média de 38 anos. Duas cirurgias foram realizadas, em regime de urgência, e 9 de emergência. O tubo de pericárdio bovino utilizado foi de nº 23 em 1 caso, nº 25 em 2, nº 29 em 6 e nº 31 em 2 casos. Dois pacientes tiveram lesão mitral associada com troca valvar (prótese biológica IMC). Um paciente necessitou de ponte de veia safena para coronária direita, por dissecção do óstio coronário. O diagnóstico histopatológico mostrou: degeneração mixomatosa em 4 casos, fibrose em 4 casos, doença reumática cicatrizada em 2 casos e pancardite em apenas 1 caso. Após discorrerem sobre dificuldades e complicações do método, concluem que a técnica utilizada é a de escolha no tratamento da referida patologia e que o tubo valvulado de pericárdio bovino facilita o ato cirúrgico, por sua alta flexibilidade e por ser altamente hemostático, não necessitando de medidas pré-coagulativas.
aorta ascendente; valva aórtica; tubo valvulado