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Transplante de valva mitral heteróloga: Nova alternativa cirúrgica: estudo clínico inicial

Heterologous mitral valve transplant: New surgical technique: initial clinical trial

A substituição da valva mitral tem sido realizada, nestes 30 anos, usando-se o modelo aórtico. Embora o resultado clínico, na maioria dos pacientes seja satisfatório, existem, restrições específicas, tanto entre as biopróteses, como nas próteses mecânicas. A experiência no tratamento dos tecidos biológicos, assim como a fabricação de substitutos valvares, há 2 décadas, tem permitido o desenvolvimento da valva mitral heteróloga. Este substituto mitral foi implantado em 38 pacientes, com a preservação da função ventricular. A idade média foi de 29 anos, predominando o sexo feminino (69%), e a etiologia reumática em 86%. A dupla lesão foi a mais freqüente (53%). A classificação funcional deste grupo engloba (47%) em classe II e (53%) em classe IV da NYHA. A técnica cirúrgica é reproduzível e proporcionou resultados clínicos satisfatórios durante 12 meses de evolução, demonstrando que a valva mitral heteróloga é o substituto natural, quando indicada a troca valvar. Houve uma reoperação em paciente que apresentou insuficiência mitral moderada, devido à desproporção entre a valva escolhida e o anel mitral bastante dilatado. Os resultados clínico, hematológico e ecocardiográfico têm sido extremamente gratificantes, durante o período de seguimento. O desenho mitral natural, aliado ao tratamento anticalcificante, é o que deve proporcionar melhor qualidade de vida e a durabilidade desejada.

valva mitral; valvas cardíacas


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