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Tratamento cirúrgico da lesão isolada de óstio coronário esquerdo

Surgical management of left coronary ostial lesion

A experiência do InCór no tratamento cirúrgico da lesão isolada de óstio coronário esquerdo é de 11 pacientes, operados no período de janeiro de 1984 a julho de 1994. Oito pacientes eram do sexo feminino e 3 do sexo masculino, todos de cor branca, com idades de 39 a 68 anos (média de 53 anos). Dois pacientes eram assintomáticos, 2 apresentavam angina instável e os demais eram anginosos crônicos. Todos tinham lesão isolada de óstio coronário esquerdo de cerca de 90%. Os 11 pacientes foram operados com perfusão extracorpórea, através de aortotomia transversa posterior prolongada para artéria coronária esquerda até sua bifurcação. A artéria coronária esquerda era normal em todos os casos. Fez-se a ampliação do óstio com enxerto de veia safena do paciente em 8 casos e com enxerto de pericárdio bovino em 3 casos. A biopsia de aorta realizada próximo à obstrução apresentou infiltração mucóide inespecífica. Dez pacientes evoluíram bem no pós-operatório imediato. Um paciente submetido a cinecoronariografia no oitavo dia de pósoperatório, dado como normal, evoluiu com morte súbita cerca de 7 horas após o procedimento. A necropsia revelou trombo de 8 mm de diâmetro ao nível da ampliação e ateromatose de ramos coronários. Ocorreu outro óbito, dado como hepatite, nove meses após a operação. Os demais pacientes apresentam-se clinicamente bem, num período de seis meses a dez anos de evolução. Os resultados obtidos sugerem que a modalidade técnica cirúrgica empregada para a ampliação do óstio coronário esquerdo é boa, com mortalidade hospitalar aceitável (9%)

Óstio coronário


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