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Revascularização do miocárdio com enxerto livre de artéria radial: experiência inicial

Foram estudados os resultados precoces do uso do enxerto livre de artéria radial (AR) para a revascularização do miocárdio em 20 pacientes operados no período de maio a novembro de 1996. Pertenciam ao sexo masculino 16 (80%) com média de idades de 57,1 anos (35 a 69). Foi utilizada a esternotomia mediana com o auxílio da circulação extracorpórea e a cardioplegia sangüínea intermitente em todos os casos. A AR foi retirada do membro superior não dominante e utilizada como parte aorto-coronária em 100% dos casos. Foi realizado um total de 64 enxertos, com média de 3,2 por pacientes (2 a 5). A AR foi anastomosada ao ramo diagonal 9 (45%) vezes, ao ramo marginal esquerdo da artéria circunflexa 6 (30%), à coronária direita 4 (20%) e ao ramo interventricular anterior 1 (5%). A artéria torácica interna esquerda (ATIE) foi utilizada em 100% dos pacientes, a artéria torácica interna direita (ATID) em 7 (35%), e a veia safena em 13 (65%). O diltiazen oral foi utilizado no período per-operatório para a prevenção do espasmo arterial. Não houve mortalidade hospitalar ou durante o seguimento de até 10 meses. Foi realizado estudo cineangiocoronáriográfico no período pós-operatório imediato em 17 (85%) pacientes, que mostrou fluxo normal na AR em 16 (94,1%). Não houve seqüelas no membro superior do doador. Os resultados observados são semelhantes aos obtidos com a revascularização do miocárdio pelas técnicas usuais no Serviço, sem incremento na morbimortalidade precoce. A normalidade precoce do enxerto de artéria radial mostrou-se comparável ao da artéria torácica interna esquerda, coincidindo com os recentes relatos da técnica.

Revascularização miocárdica; Artéria radial


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