OBJETIVO: As diferentes técnicas de dissecção de artéria radial (AR) obtêm resultados semelhantes. Estas técnicas utilizam eletrocautério, bisturi ultra-sônico ou tesouras em diferentes combinações, mas geralmente associadas ao uso de clipes hemostáticos. Este trabalho descreve uma técnica de dissecção de AR com a combinação de tesouras e eletrocautério sem o uso de clipes hemostáticos. MÉTODOS: O estudo apresenta um levantamento retrospectivo de 107 pacientes, entre 28 e 78 anos (média ± desvio padrão 53,3 ± 8 anos), feito entre janeiro de 2000 e junho de 2005, no qual é relatada a incidência de sangramento, reoperação, infarto do miocárdio e mortalidade. RESULTADOS: Não ocorreram sangramentos relacionados à AR e não ocorreram reoperações. Ocorreram três (2,8%) infartos possivelmente relacionados ao território de anastomose de AR. A mortalidade foi de 0,9% não relacionada a causas cardiovasculares. CONCLUSÃO: A dissecção de AR com eletrocautério sem clipes hemostáticos não apresentou sangramento, foi de baixo custo e dispensa investimentos em equipamentos adicionais.
Artéria radial; Revascularização miocárdica; Isquemia miocárdica; Coronariopatia