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O efeito do índice de massa corporal sobre as complicações no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio em idosos

OBJETIVO: Avaliar o efeito do índice de massa corporal (IMC) no pós-operatório de pacientes idosos submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). MÉTODOS: Estudo transversal e retrospectivo, realizado em hospital acadêmico, com todos os pacientes (n=290), com idade igual ou superior a 60 anos, submetidos a CRM, no período de agosto de 2006 a julho de 2007. Os pacientes foram divididos em tercis de IMC (<22, 22-27, >27 kg/m²). As variáveis incluídas no estudo foram coletadas a partir dos prontuários dos pacientes e analisadas por meio de regressão logística na associação com as categorias de IMC. RESULTADOS: No grupo com magreza foram encontrados maiores percentuais de disfunção pulmonar, renal, permanência hospitalar e mortalidade cirúrgica imediata; porém sem significância estatística. Dos pacientes do sexo feminino, do grupo magreza e eutrofia, 61,5% tiveram permanência hospitalar por um período maior que sete dias pós-operatório; contra 42,5% do sexo masculino (P=0,003). No grupo com magreza, foi encontrada associação entre o tempo de circulação extracorpórea (CEC) e a disfunção renal com P < 0,001 e, no grupo eutrófico com P=0,04. A obesidade obteve associação protetora para disfunção pulmonar (RR=0,99), reinternações (RR=0,45) e mortalidade (RR=0,77), e fator de risco para disfunção renal (RR=1,12). CONCLUSÕES: Em curto prazo, idosos com menor IMC podem ter o risco para complicações aumentado. Em contraste, a obesidade pode exercer um efeito protetor, com exceção da disfunção renal.

Índice de massa corporal; Revascularização miocárdica; Idoso; Complicações pós-operatórias


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