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Resultados tardios da plastia mitral em pacientes reumáticos

INTRODUÇÃO: Os resultados tardios da plastia mitral em pacientes reumáticos são controversos na literatura. OBJETIVO: Estudo observacional e prospectivo que avalia os resultados tardios e identifica os fatores associados à reoperação e à mortalidade em pacientes reumáticos submetidos à plastia da valva mitral. MÉTODOS: Incluídos somente os pacientes com valvopatia mitral reumática submetidos a plastia, com insuficiência tricúspide associada ou não. Excluídos os pacientes com outros procedimentos associados. Um total de 104 pacientes foi estudado. Sobrevida e reoperação foram avaliadas pela analise de Kaplan-Meier e regressão logística de Cox. RESULTADOS: O tempo de seguimento foi de 63 ± 39 meses (IC 95% 36 a 74 meses). A classe funcional III e IV estava presente em 65,4% dos pacientes no pré-operatório. Foram realizadas 33 plastias do anel posterior, 21 comissurotomias, 50 comissurotomias e plastias do anel posterior. Não houve mortalidade operatória e a tardia foi de três (2,8%) pacientes. A reoperação tardia esteve associada à insuficiência mitral residual no pós-operatório (P<0,001), presença de hipertensão pulmonar no pré-operatório (P< 0,01), idade (P<0,04) e classe funcional no pós-operatório (P<0,001). No seguimento, a probabilidade de estar livre de reoperação com 5 e 10 anos foi de 91,2 ± 3,4% e 71,1 ± 9,2%, respectivamente. CONCLUSÃO: Os resultados tardios do reparo da valva mitral em pacientes reumáticos têm fatores associados à reoperação. O reparo da valva mitral reumática é seguro e com ótima sobrevida a longo prazo.

Valva mitral; Prolapso da valva mitral; Insuficiência da valva mitral; Estenose da valva mitral


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