Este artigo discute a concepção da Psicologia, com suas bases positivistas, e instiga os psicólogos brasileiros, especialmente os psicólogos comunitários, a examinar seus valores e agir sobre eles para criar uma Psicologia com uma significância prática para a cultura brasileira. Especificamente, é sugerido que os pesquisadores brasileiros formem "colaborações horizontais" com agências nacionais e regionais para trabalhar com problemas práticos em populações analfabetas e pobres (rurais e urbanas). Um equilíbrio deve ser alcançado entre os seguintes valores, igualmente importantes: respeito e empatia, auto-determinação, diversidade humana, colaboração e participação democrática, e justiça distributiva, como descrito por Prilleltensky (1997). Nosso desafio é buscar mudanças estruturais no tecido social se quisermos evitar um futuro catastrófico para a humanidade.
Psicologia euro-americana; populações oprimidas; valores