Com o auxílio das categorias lacanianas de imaginário e de simbólico, foram analisadas as falas de nove pessoas, brasileiros de origem católica, de ambos os sexos, sem ascendência oriental, filiados a novas religiões japonesas, com o objetivo de esclarecer se a filiação a uma nova religião implica, do ponto de vista psicológico, conversão ou sincretismo religioso. A análise permitiu identificar distintos caminhos individuais: alguns dos filiados demonstraram operar uma substituição do simbólico e, por isso, uma conversão religiosa; outros pareceram manter o simbólico original, acrescentando-lhe imaginariamente alguns elementos da nova religião, o que resultou em sincretismo religioso; alguns dos que se converteram trouxeram imaginariamente alguns elementos de sua antiga fé ao novo sistema simbólico, produzindo um novo sincretismo religioso.
Conversão; imaginário; Psicologia da religião; simbólico; sincretismo