O presente artigo interpreta a temporalização do tempo na psicanálise freudiana, detendo-se particularmente na análise da primeira teoria do trauma. Mostra a função temporalizadora da sexualidade determinada por seu caráter disjuntivo e expressa no termo posterioridade, no duplo sentido que adquire na obra freudiana: o progressivo e o regressivo. A simbolização implicada na teoria do trauma e o recalque são discriminados em suas relações com a temporalidade. O percurso enseja uma discussão do fundamento do pensamento freudiano entre gênese e estrutura, para concluir com uma avaliação da desconstrução da herança científica de Freud na psicanálise que se inicia.
Gênese e estrutura; temporalidade na psicanálise; fundamentos do pensamento freudiano