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Leituras do império: o poder global dos Estados Unidos reavaliado

Readings from the empire: the global power of the United States reassessed

O império dos Estados Unidos segue sendo objeto de atenção das ciências sociais. Obras recentes como as de Mann, bem como de Panitch e Gindin, retomam o tema. Eles apresentam análises amplas de sua origem e desenvolvimento. Mas descuram em parte ao menos das condições culturais des-se poder. Este texto se propõe a refletir sobre isso, indagando também em que medida a própria categoria império serviria para enquadrar esse poder global dos EUA, relacionando-o ademais à ideia de hegemonia. A conclusão nesse sentido é que o poder dos EUA não pode ser enquadrado na categoria tradicional de império, ainda que mantenha elementos que remetam ao que seria o exercício imperial do poder, mas já transformado pelos desdobramentos da modernidade. Uma segunda conclusão aponta para o fato de que o poder externo se calca na própria estruturação interna do poder como hegemonia, na definição de uma forma civilizacional que se projeta para fora, em grande medida com fundamentos culturais, porém também vinculada a padrões econômicos de acumulação e de classe, bem como conjugada às dimensões militares, políticas e jurídicas do poder.

Império; Mann; Panitch; Gindin; Hegemonia; Estados Unidos


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