Resumo
Objetivo:
Analisar a influência da posição corporal no deslocamento da pronga nasal em recém-nascidos pré-termos.
Métodos:
Estudo prospectivo, randomizado e tipo crossover. Foram estudados recém-nascidos com média de idade gestacional de 29,7±2 semanas, peso de nascimento de 1.353±280 g, 2,9±2,2 dias de vida e em uso da pressão positiva contínua de vias aéreas. Avaliou-se o número de vezes em que o dispositivo nasal sofreu deslocamento, além de variáveis cardiorrespiratórias, como frequência respiratória, cardíaca e saturação de oxigênio, conforme a criança foi alocada nas posições corporais prona, lateral direita, lateral esquerda e supina, segundo ordem aleatória previamente estabelecida. As informações em cada posição foram coletadas a cada 10 minutos, por 60 minutos. Foi considerada ocorrência quando o dispositivo nasal se deslocou do orifício das narinas, após o período de três minutos na posição desejada, e houve necessidade de intervenção do examinador.
Resultados:
Nas 16 crianças estudadas, o deslocamento do dispositivo nasal ocorreu nas posições prona (nove crianças - 56,2%) e lateral esquerda (duas crianças - 12,5%). A pronga se deslocou 11 vezes na posição prona, sete delas nos primeiros dez minutos, e duas vezes na posição lateral esquerda, uma nos primeiros dez minutos. Não se detectaram alterações clinicamente significativas nas variáveis cardiorrespiratórias.
Conclusões:
A posição prona mostrou maior dificuldade para se manter o dispositivo nasal de suporte pressórico não invasivo na forma adequada.
Palavras-chave
Recém-nascido prematuro; Pressão positiva contínua nas vias aéreas; Decúbito dorsal; Decúbito ventral