Resumo
Objetivo:
Avaliar relação do número de leucócitos com riscos cardiovasculares associados às características de nascimento, situação nutricional e exames bioquímicos.
Métodos:
Estudo transversal, desenvolvido com 475 adolescentes, nascidos de 1992 a 2001, em Viçosa (MG). Buscaram-se os prontuários maternos nas unidades hospitalares. Foram registrados: peso e comprimento ao nascer, perímetro cefálico, perímetro torácico, boletim de Apgar, tempo de gestação. Na adolescência, avaliaram-se índice de massa corporal, pregas cutâneas, composição corporal, hemograma, exames bioquímicos e variáveis clínicas. Para análise usaram-se Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e Data Analysis and Statistical Software (Stata), com os testes de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, qui-quadrado ou Exato de Fisher e regressão linear. Nível de significância adotado α<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos da UFV.
Resultados:
O peso e o comprimento ao nascer, perímetro cefálico e torácico foram maiores entre os meninos. Na adolescência, o número de leucócitos foi maior nos indivíduos com excesso de peso e gordura corporal e elevados índice de adiposidade corporal, relação cintura-estatura e perímetro da cintura. Apenas os triglicerídeos alterados apresentaram diferença entre as medianas de leucócitos. Independentemente da variável antropométrica do modelo final de regressão, a fase da adolescência, o número de plaquetas, eosinófilos, monócitos e linfócitos associou-se ao aumento de leucócitos.
Conclusões:
As variáveis de nascimento não se associaram às alterações nos números de leucócitos, enquanto as variáveis antropométricas mostraram-se bons indicadores para maior número de leucócitos, independentemente da fase da adolescência e sexo.
PALAVRAS-CHAVE
Contagem de leucócitos; Fatores de risco; Doenças cardiovasculares; Adolescente