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HÁBITOS E ATITUDES DE MÃES DE LACTENTES EM RELAÇÃO AO ALEITAMENTO NATURAL E ARTIFICIAL EM 11 CIDADES BRASILEIRAS

RESUMO

Objetivo:

Analisar a relação entre hábitos e atitudes de mães com os tipos de leite oferecidos para seus filhos nos dois primeiros anos de vida.

Métodos:

Estudo retrospectivo incluindo 773 entrevistas de mães de 11 cidades brasileiras com filhos com até 2 anos de idade. Foram analisadas as seguintes informações: tipo de aleitamento que planejava enquanto estava na gestação e o efetivamente realizado após o nascimento; tipo(s) de leite(s) utilizado(s) no dia da entrevista e anteriormente; idade de introdução do leite de vaca integral; e origem das recomendações para usar determinado tipo de leite.

Resultados:

O leite materno era oferecido para 81,7% dos lactentes no primeiro semestre de vida, 52,2% no segundo semestre (p<0,001) e 32,9% no segundo ano de vida (p<0,001). Por sua vez, o consumo de leite de vaca integral aumentou de 31,1 para 83,8% (p<0,001) e 98,7% (p=0,05), respectivamente, nestas três faixas etárias. Fórmula de partida (15,0%) e de seguimento (2,3%) eram utilizadas por um número de lactentes muito menor em relação aos que recebiam leite de vaca integral. A maioria das mães não recebeu prescrição de leite de vaca integral. Os pediatras foram os profissionais da área da saúde que mais frequentemente recomendaram fórmula infantil.

Conclusão:

As taxas de aleitamento natural no Brasil continuam abaixo das recomendações. As mães brasileiras, com frequência, decidem oferecer leite de vaca integral por iniciativa própria. É muito baixa a utilização de fórmula infantil quando o aleitamento natural é interrompido.

Palavras-chave:
Aleitamento materno;Fórmulas infantis; Leite em pó integral; Lactente; Alimentação artificial; Desmame

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