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FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICOS ASSOCIADOS AO DESLOCAMENTO ATIVO À ESCOLA

RESUMO

Objetivo:

Verificar se existe associação entre fatores de risco cardiometabólicos e deslocamento ativo à escola em crianças e adolescentes.

Métodos:

Foram avaliados 1.743 escolares, de sete a 17 anos, do município de Santa Cruz do Sul (RS). A forma de deslocamento até a escola foi investigada por meio de questionário e os fatores de risco cardiometabólicos analisados foram: o índice de massa corpórea (IMC), a circunferência da cintura (CC), a pressão arterial sistólica (PAS) e a diastólica (PAD), glicose, triglicerídeos, colesterol total (CT), LDL e HDL.

Resultados:

A prevalência de deslocamento ativo entre os escolares foi de 48,0% (IC95% 45,7-50,4) e associou-se, na análise bruta, com os níveis de glicose e colesterol LDL. Escolares que se deslocavam de forma passiva apresentaram uma razão de prevalência (RP) 1,1 vez maior de glicose e colesterol LDL elevados. No entanto, ao serem incluídas variáveis sociodemográficas no modelo, essas associações não se mantiveram.

Conclusões:

Conclui-se que a prevalência de deslocamento ativo na amostra estudada é baixa e que o deslocamento ativo à escola apresentou associação bruta com os níveis sanguíneos de glicose e de colesterol LDL dos escolares, sendo que se deslocar de forma ativa parece auxiliar na redução desses níveis. Porém, fatores sociodemográficos parecem exercer influência sobre estas associações.

Palavras-chave:
Fatores de risco; Atividade física; Criança; Adolescente

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