RESUMO
Objetivo:
Avaliar as variáveis associadas ao diagnóstico de diabetes melito tipo 1 (DM1) na vigência de cetoacidose diabética e seu impacto na evolução da doença.
Métodos:
Foram avaliadas 274 crianças e adolescentes com idade até 15 anos acompanhados em um ambulatório de endocrinologia pediátrica de um hospital universitário de Curitiba, Paraná, cuja primeira consulta ocorreu entre janeiro de 2005 e abril de 2015.
Resultados:
A maioria dos pacientes teve diagnóstico de DM1 na vigência de cetoacidose diabética. Os fatores associados foram: menor idade e maior número de consultas prévias ao diagnóstico; a cetoacidose diabética foi menos frequente quando havia um irmão com DM1 e quando o diagnóstico foi feito na primeira consulta médica. Náuseas ou vômitos, dor abdominal, taquidispneia e alteração do nível de consciência foram mais frequentes no grupo com cetoacidose diabética ao diagnóstico. Não se observou associação com nível socioeconômico, tempo de sintomas antes do diagnóstico e duração do período de lua de mel.
Conclusões:
São necessários estudos prospectivos para definir melhor o impacto desses fatores no diagnóstico e no controle da doença. Campanhas de conscientização dos profissionais de saúde e da população são necessárias para que haja diagnóstico precoce e tratamento adequado do diabetes melito em crianças e adolescentes.
Palavras-chave:
Diabetes melito; Diabetes melito tipo 1; Cetoacidose diabética