RESUMO
Objetivo:
Analisar o desenvolvimento psicomotor e o controle motor fino de crianças e adolescentes institucionalizados e não institucionalizados em abrigo.
Métodos:
Estudo transversal, no qual participaram 54 indivíduos, divididos em dois grupos: 27 crianças e adolescentes institucionalizados em abrigo (GA) e 27 crianças e adolescentes não institucionalizados (GC) em abrigo. Para avaliação do desenvolvimento e controle motor, foram utilizadas a bateria psicomotora e o software Aprendizagem e Controle Motor. Foi realizada a análise de variância para os dois grupos com medidas repetidas para o último fator.
Resultados:
O GA apresentou pontuação total do desenvolvimento inferior ao GC, com diferença na tonicidade (p=0,041) e noção corporal (p=0,039). A maior distância percorrida encontrada foi na Tarefa 1 (M=984,9 pixels; com reta diagonal; distância de 930,053 pixels), sem diferença entre os grupos (p=0,64). Além disso, o GA apresentou tempo médio da Tarefa 1 (M=16,1 segundos) superior às Tarefas 2 (M=11,6 segundos; reta horizontal; distância de 750 pixels) e 3 (M=10,6 segundos; reta vertical; distância de 550 pixels), mas apenas marginalmente diferente entre as Tarefas 2 e 3 (p=0,055). Já em relação ao número de acertos, o GC apresentou mais acertos (M=6,1) comparado ao GA (M=4,6), com p<0,05.
Conclusões:
Os indivíduos institucionalizados apresentaram desenvolvimento psicomotor inferior ao GC, além de comprometimento no controle motor fino com maior distância percorrida na tarefa que exigia o movimento em diagonal, maior tempo na execução, menos acertos e mais erros.
Palavras-chave:
Aprendizagem; Institucionalização; Habilidade motora; Diagnóstico