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PESO AO NASCER E EXCESSO DE PESO EM ADOLESCENTES: PROJETO ERICA NA CIDADE DO RECIFE, PERNAMBUCO

RESUMO

Objetivo:

Verificar a associação de parâmetros antropométricos ao nascer, variáveis socioeconômicas e biológicas, atividade física e estado nutricional parental com excesso de peso e obesidade abdominal de adolescentes.

Métodos:

Este estudo transversal foi realizado em 39 escolas públicas e privadas de Recife (PE). A amostra consistiu em 1.081 adolescentes entre 12 e 17 anos de idade, provenientes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Estabeleceram-se como variáveis de desfecho o índice de massa corpórea para a idade (IMC/I), a circunferência da cintura (CC) e a relação cintura/estatura (RCEst), enquanto as explanatórias foram o peso ao nascer, o índice ponderal de Röhrer (IPR), as variáveis biológicas e socioeconômicas, a atividade física e o estado nutricional dos pais. Estimaram-se as razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas para as associações estudadas pela regressão de Poisson.

Resultados:

A regressão multivariada de Poisson mostrou que a variável mantida como significantemente associada ao excesso de peso na adolescência foi o excesso de peso materno, RP=1,86 (intervalo de confiança de 95% [IC95%] 1,09-3,17). O peso elevado ao nascer também permaneceu bastante associado à obesidade abdominal avaliada pela CC, RP=3,25 (IC95% 1,08-9,74).

Conclusões:

O peso elevado ao nascer constituiu marcador para a obesidade abdominal na adolescência; e o IMC materno elevado, para o excesso de peso.

Palavras-chave:
Peso ao nascer; Adolescência; Obesidade; Obesidade abdominal

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