RESUMO
O artigo aborda a relação entre discursos pró-aleitamento materno, trabalho feminino e políticas familiares no Brasil, apontando avanços e desafios à equidade de gênero. A análise dos materiais da Estratégia de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta, do Ministério da Saúde, com base nos referenciais dos estudos de gênero e da semiologia dos discursos sociais, indica como os discursos oficiais reforçam o valor da amamentação para a saúde da criança e reiteram a divisão sexual do trabalho. Por sua vez, as políticas familiares ainda não atendem às necessidades sociais, como a extensão das licenças maternidade e paternidade para todos os trabalhadores e a criação de licenças parentais.
PALAVRAS-CHAVE
Aleitamento materno; Trabalho feminino; Políticas públicas; Educação em saúde; Gênero e saúde