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Amandaba no Caeté: círculos de cultura como prática educativa no autocuidado de portadores de diabetes

RESUMO

Objetivou-se avaliar a estratégia pedagógica dos círculos de cultura de Paulo Freire na adesão ao autocuidado em pacientes com Diabetes Mellitus. Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 72 participantes, alocados em Grupo Intervenção (GI) e Grupo Controle (GC). O GI participou de seis círculos para problematizar e desvelar os temas geradores: alimentação, medicação, complicações do diabetes e cuidados com os pés; o GC participou apenas de consultas de rotina. Foi avaliada a mudança proporcionada pelos círculos após três meses de intervenção, por meio do Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes, glicemia capilar em jejum, pressão arterial sistólica e diastólica, Índice de Massa Corpórea e circunferência abdominal. O GI apresentou aumento estatisticamente significante na adesão ao autocuidado à alimentação saudável, prática de exercício físico, monitoramento glicêmico e exame e secar os pés e redução da glicemia capilar em jejum (211,6±102,5 para 181,9±66,3 mg/dL), pressão arterial sistólica de 125(120-140) para 120(117,5-130 mmHg) e circunferência abdominal (96,3±9,5 para 95,5±9,1 cm), enquanto no GC não houve modificação durante o estudo. Os círculos de cultura, como abordagem educativa, foram capazes de melhorar as práticas de adesão ao autocuidado dos pacientes com diabetes e proporcionar a melhora em alguns parâmetros de risco cardiovascular.

PALAVRAS-CHAVE
Educação em saúde; Diabetes Mellitus; Autocuidado; Estratégia Saúde da Família

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