Este estudo investigou relações entre as práticas educativas maternas e os problemas de externalização na infância. Participaram 64 díades mãe-criança, selecionadas em escolas públicas (68,8%) e particulares (31,3%) de Salvador, Bahia, por meio de amostragem por acessibilidade e também por indicações feitas pelas participantes. Os dados foram coletados em visitas domiciliares ou nas escolas. As mães responderam a uma ficha de dados sociodemográficos, a uma entrevista estruturada sobre as práticas educativas maternas e ao Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência 4-18 anos. A análise de regressão linear múltipla revelou que o modelo que incluiu como variáveis preditoras dos problemas de externalização a escolaridade materna, a renda familiar e as práticas negociação e troca e punição física explicou 15,8% da variância nos problemas de externalização. Discute-se o impacto da punição física no desenvolvimento dos problemas de externalização e o poder preditivo do nível de instrução e da renda familiar em relação às práticas educativas parentais.
Práticas educativas maternas; Problemas de externalização; Punição física