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A clínica transcultural: cuidando da parentalidade no exílio

The transcultural clinic: Caring of parenthood in exile

Resumo

As famílias desenraizadas podem se perder nos caminhos traçados pelo exílio. Fatores genéticos, culturais e ambientais podem afetar o equilíbrio psíquico desses migrantes, principalmente quando confrontados a doenças ou sofrimentos inexplicáveis em seus filhos. A migração e o desenraizamento podem implicar perdas das raízes ligadas às tradições, deixando as famílias desprovidas de suas bagagens interpretativas e explicativas, necessárias à realização de leituras culturais dos sofrimentos psíquicos e físicos de seus filhos, sobretudo quando estes são considerados especiais. Este artigo propõe uma reflexão sobre tais questões, a partir de um estudo de caso, resultante da experiência da primeira autora em uma clínica interdisciplinar, como exige o enquadre transcultural, que se faz variável e complementar, respeitando a diversidade cultural. Observam-se, ainda, os discursos etiológicos construídos sobre esses sofrimentos psíquicos, que invadem o desenvolvimento da criança e o equilíbrio familiar.

Palavras-chave
Clínica transcultural; Cultura; Desenraizamento; Migração; Parentalidade

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