Apresentando reflexões sobre as identidades de grupos pertencentes à comunidade árabe em Foz do Iguaçu, pretende-se, neste artigo, evidenciar que ser árabe, nesse contexto, não constitui uma identidade claramente definida. Em um jogo constante de reordenação, tornando móveis seus limites, essa identidade é demarcada por diferentes significados, incluindo e excluindo esse grupo, heterogêneo, na interação local. A exclusão é visível no cultivo da língua, das religiões e nos movimentos políticos (apoio à causa palestina) e a inclusão torna-se perceptível nas festas e rituais públicos. Como representações mentais, atos de percepção, de conhecimento e reconhecimento, tais identidades têm seus limites constantemente reordenados pela organização, classificação e valorização de diferentes níveis da experiência vivida neste contexto.
identidades; imigração; classificação social; Foz do Iguaçu