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Território, cooperação e inovação: um estudo sobre o Arranjo Produtivo Pingo D’água

Vários estados e municípios brasileiros já adotam programas de investimento direcionados aos arranjos produtivos locais (APL’s) constituídos por micros, pequenas e médias empresas. No entanto, a maioria dos estudos sobre APL’s tem dado pouca importância a arranjos produtivos locais de natureza agrícola. Este estudo se propõe analisar o APL, de agricultura irrigada, Pingo d’Água em Quixeramobim, Ceará. Os dados utilizados neste trabalho são de origem primária e secundária obtidos por meio de pesquisa bibliográfica, documental, estudo de caso e pesquisa de campo. Os resultados foram verificados a partir de uma análise tabular e descritiva. No arranjo analisado, verificou-se o envolvimento de vários parceiros de diversos segmentos com maior ou menor grau de participação, constituindo instrumentos importantes na introdução de inovações de produto, processo e organizacional, criando novas competências e obtenções de vantagens competitivas. Porém, observou-se a existência de obstáculos relacionadas à inexistência de centros de treinamento adequados para qualificação dos produtores, ausência de laboratórios de pesquisa e falta de linhas de crédito mais adequadas à realidade dos produtores. Apesar destes entraves, pôde-se concluir que existem alguns ganhos de eficiência coletiva originados por esta aglomeração produtiva, sendo este arranjo uma prova de que, com um pouco de organização social e vontade dos atores locais, é possível mudar a realidade desfavorável das famílias que vivem da agricultura no sertão semi-árido cearense.

Arranjo Produtivo Local; inovação; capital social


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