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Trabalho, terra e geração de renda em três décadas de reflorestamentos no alto Jequitinhonha

A partir dos anos 1970, as chapadas do Alto Jequitinhonha, localizadas no nordeste de Minas Gerais, até então áreas de uso comum de agricultores familiares, foram plantadas com eucaliptos. O objetivo deste artigo é comparar os efeitos do reflorestamento sobre a estrutura fundiária, valor da produção agrícola e ocupação rural com os efeitos da produção agrícola familiar sobre essas mesmas variáveis na microrregião homogênea de Capelinha, no Alto Jequitinhonha. Tal microrregião foi escolhida para o estudo por ser a área de maior concentração de eucaliptais da região. Foram utilizados dados secundários dos Censos do IBGE para os anos de 1970, 1980, 1985 e 1996, além de dados secundários de pesquisas realizadas sobre a região em questão, incluindo entrevistas com dirigentes de empresas e lideranças sindicais. O artigo conclui que, em trinta anos, o reflorestamento concentrou terras e criou um número reduzido de empregos; a agricultura familiar, ao contrário, teve suas áreas de terras comprimidas e super-exploradas em decorrência da perda das chapadas, mas continuou sendo a principal responsável pela geração de ocupações e rendas na região.

agricultura familiar; reflorestamentos; emprego rural; desenvolvimento rural; Jequitinhonha


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