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Percepção ambiental e uso do solo por agricultores de sistemas orgânicos e convencionais na Chapada da Ibiapaba, Ceará

O crescimento do mercado de alimentos livres de agrotóxicos vem gerando interesse de agricultores em sistemas orgânicos de produção. Os adeptos deste sistema promovem mudanças substanciais de seus métodos de produção, adquirindo conhecimentos técnicos e empíricos associados. São necessários, portanto, estudos para avaliar o sistema orgânico neste contexto, comparando-o com o modo de produção convencional, no que diz respeito aos aspectos socioeconômicos e ambientais. Este estudo teve como objetivo o diagnóstico regional desses aspectos em sistemas orgânicos e convencionais do distrito de Sussuanha, município de Guaraciaba do Norte, e do município de São Benedito, no estado do Ceará. Foram entrevistados sete agricultores orgânicos e 21 agricultores convencionais, caracterizando o meio social e as mudanças de qualidade de vida ocorridas com o tempo. As interações agricultor-meio ambiente, no sistema de produção orgânico, geraram melhoria da qualidade de vida das famílias. No sistema convencional, caracterizado pelo uso intensivo de agrotóxicos e grande dependência de adubos químicos, constatou-se que prevalece o interesse em obter a máxima produção sem preocupação com o ambiente. Esta condição se reflete no contato contínuo com agrotóxicos, além das margens de lucros restritivas, o que pode comprometer o uso do solo pelas futuras gerações, pois há uma inerente redução da fertilidade natural dos solos cultivados sob este sistema.

Agricultura orgânica; agricultura convencional; degradação ambiental; sustentabilidade


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