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O Papel dos Preços e do Dispêndio no Consumo de Alimentos Orgânicos e Convencionais no Brasil

Resumo:

Este artigo buscou analisar a sensibilidade da demanda de alimentos orgânicos e suas contrapartes convencionais frente a variações nos preços e no dispêndio nos domicílios brasileiros. Para isso, estimou-se um sistema de demanda para 14 categorias agregadas (sete orgânicas e sete convencionais) por meio do modelo QUAIDS com a correção do Problema do Consumo Zero pelo procedimento de Shonkwiller e Yen, utilizando-se os microdados extraídos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009. Constatou-se que os consumidores brasileiros são mais sensíveis a variações nos preços e dispêndio dos orgânicos do que dos convencionais. Pôde-se confirmar também que há assimetria nas relações de substituição/complementaridade entre os dois tipos de alimentos. Assim, é relativamente difícil induzir consumidores habituados a adquirir produtos orgânicos a “reverterem” seus hábitos de consumo, trocando produtos orgânicos por convencionais. Além disso, pôde-se notar que os alimentos orgânicos ainda não são vistos pelos consumidores como substitutos dos convencionais na maioria dos casos. Verificou-se, ainda, por meio das elasticidades-dispêndio, que os alimentos orgânicos podem ser classificados como bens de luxo no Brasil.

Palavras-chaves:
alimentos orgânicos; demanda; modelo QUAIDS

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