Estudam-se as concepções de Hannah Arendt sobre as relações entre ciência e filosofia a partir do momento que caracteriza como de dupla alienação: da ciência da terra para o cosmos e da filosofia do mundo para o eu. Arendt entende este momento como o fundacional do subjetivismo filosófico, coincidente com os eventos que determinam o caráter da Idade Moderna.
Mostra-se que Arendt reage contra o “seguidismo” da filosofia em relação à ciência, admitindo a possibilidade humana de descoberta e manipulação das leis da natureza ao mesmo tempo que nega sua compreensão. Nesta clivagem aparece a possibilidade de um fundamento da legitimidade da filosofia, como exercicio de pensamento que procura legitimidade e não compreensão.
Hannah Arendt: ciência; filosofia; subjetivismo; modernidade; compreensão; significado; legitimidade