O industrialismo, em escala mundial, é um complexo de apropriação dos recursos sociais pertencentes ao meio-ambiente, à produção científica e ao esforço reprodutivo de sociedades integradas ou, aos mercados. Tal processo equivale à "grande transfonmação" ou a produção em massa no mercado, que engendra um ritmo de vida dependente do "ethos" político de um regime produtivista capaz de induzir, no quadro contemporaneo brasileiro, ao entrechoque de duas praticas relacionadas com a democracia: a primeira postula uma participação funcional reforçadora do produtivismo, e a segunda sua confluência (problemática) com culturas políticas que valorizam os processos de participação e mudança não-planejadas. O artigo discute essas questões à luz do perfil e responsabilidade de três atores sociais no Brasil (trabalhadores/capitalistas; ecologistas e comunidade científica), e lança essa "cartografia" para cenários de reorganização societaria em fomlações industrialistas do hemisfério Norte, deixando em aberto a pergunta sobre os riscos de um comportamento reflexivo desses atores face a essa reorganização.
Brasil: industrialismo; ecologia; democracia; atores sociais; participação política