A partir de uma entrevista em que Foucault coloca a obra de Heidegger como uma das duas bases fundamentais de seu próprio pensamento (a outra é Nietzsche), o texto desenvolve uma das possibilidades de aproximação entre Heidegger e Foucault: a compreensão da ética enquanto morada e habitação. Os trabalhos derradeiros de Foucault, em que se renova o pensamento da ética através de um nítida separação entre ética e moral e mediante uma análise da ética enquanto procedimentos e técnicas de subjetivação - as tecnologias de si - são então contemplados por este ângulo. Ao final, é retomada e discutida a última mensagem de Foucault, a sua proposta de uma ética entendida como uma nova estética existencial.
Foucault; Heidegger; ética; modos de subjetivação; estética existencial